domingo, 20 de novembro de 2016

DI CAVALCANTI

 . Rua do Catete, 222  - Catete 



Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo,
ou apenas Di Cavalcanti  
(1897-1976), 
nome
 em homenagem a uma prima conhecida por Dida,
que o fez adotar o nome artístico de Didi e depois, por simplificação,
passou a assinar simplesmente Di.



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Foi um dos primeiros artistas a pintar elementos da realidade social brasileira, como festas populares, a retratação das favelas, operários das grandes cidades. Do Rio, pintou o cotidiano , o samba, pintou várias Paquetás - onde e1936, escondeu-se  e lá foi preso com Noêmia Mourão, com quem casou em 1933 .


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Consagrou-se trabalhando na Revista Fon-Fon, que possuía um viés político com charges sociais, caricaturas e pinturas de gênero , Nos anos 1920 torna-se amigo de intelectuais paulistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida, sendo sua a idéia da Semana de Arte Moderna de 1922, para a qual cria o catálogo e o cartaz. 

Di Cavalcanti foi ainda um dos artistas mais premiados de sua época e ilustrou livros de grandes autores da Literatura brasileira como Vinícius de Moraes, Jorge Amado e Monteiro Lobato. 


A riquíssima obra de Di Cavalcanti traz influências das principais escolas artísticas, no entanto, ele consegue desenvolver uma identidade tão forte que sua obra é reconhecida imediatamente, pela expressividade da sua arte que é genuinamente brasileira. 


Di Cavalcanti expressava em suas obras a realidade social do Brasil, seu trabalho é recheado de críticas da realidade brasileira, mas também de retratações da vida cotidiana e política.


No Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, no foyer de acesso ao balcão nobre, no segundo pavimento, encontram-se dois painéis executados em 1931 por Di Cavalcanti. Os murais, chamados de “Samba”, possuem forma octogonal e representam cenas evocando a dança e a música. De 4,5 x 5,5m foram pintados a óleo diretamente sobre a parede .

Os painéis, tombados pelo INEPAC, foram pintados a óleo diretamente sobre a parede. As datas 1931 e 1964 grafadas sob a assinatura registram respectivamente o ano da pintura e o da intervenção feita pelo autor mesmo.

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Cheia de retratações de mulheres, Di as pintou em seus diversos momentos sob novos olhares para a época. As mulatas, símbolo da brasilidade de sua obra,  eram sempre sensuais e coloridas. Conhecido como “O Pintor das Mulatas”, Mário de Andrade chamava-o de o  “mulatista-mor“ da pintura. As fascinantes e misteriosas mulatas acompanharam Di Cavalcanti  até o final de sua vida. 



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"A mulata, para mim, é um símbolo do Brasil.
Ela não é preta nem branca.
Nem rica nem pobre.
Gosta de música, gosta do futebol, como nosso povo."

   
                                                   Di Cavalcanti


Di Cavalcanti passou por vários endereços em sua vida:

  • Nasceu na Rua do Riachuelo, foi criado no bairro de São Cristóvão, na chácara do avô materno;
  • foi também morador do antigo Morro do Pinto
  • morou no extinto  Hotel Central , na Praia do Flamengo 
  • no extinto Hotel dos Estrangeiros, na Praça José de Alencar
  • sua última residência foi na Rua do Catete, 222 apartamento 801
Edifício onde viveu Di Cavalcanti à rua do Catete, 222

Duas curiosidades:

. A casa onde nasceu na Rua do Riachuelo é a do célebre abolicionista José do Patrocínio, que se casou com sua tia Maria Henriqueta vencendo todos os preconceitos da família desta, pelo fato de ser negro. 
Menino ainda, na casa do tio, conheceu gente famosa, como Machado de Assis e Joaquim Nabuco. Sua mãe, quando viúva, chegou a entreter um flerte com Olavo Bilac, com o qual, por pouco, não se casou.


. Os 75 anos do pintor foram muito bem comemorados. A edição do Correio da Manhã publicou




5 comentários:

Eduardo Jorge Araujo da Silva disse...

Parabéns Gilda
Pelo seu belo e excelente trabalho.
Continue a receber todas as nossas homenagens pelo sucesso nesta sua merecida atividade.
abs.
Eduardo Jorge Araujo da Silva
OAB/RJ 98.659

Unknown disse...


Agradeço seu elogio e incentivo a continuarmos nosso trabalho, eu e minha parceira Beth Mattos. Um abraço.

Unknown disse...

Gilda, grande artista! meus parabens-Efrahim

Unknown disse...

Olá Epfrahim,
Obrigada pela leitura e pelo comentário.

O que eu e minha parceira, Elizabeth de Mattos Dias, estamos nos propondo é contar fatos saborosos e o(s) endereço(s) nesta cidade de personalidades ilustres que aqui viveram.

Continue nos prestigiando.
Um abraço,
Gilda

Unknown disse...

Acho que o endereço correto é: Rua do Catete, 222 apto 801 e não 803.