sexta-feira, 2 de junho de 2017

OSCARITO

 . Avenida Atlântica , 2710 - Copacabana  

Resultado de imagem para oscaritoOscarito ( 1906 - 1970), pseudônimo de Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Diaz nasceu em Málaga, na Espanha, mas dizia ser ...brasileiro puro, na batata!

Considerado um dos mais populares cômicos do Brasil, de todos os tempos, por seu carisma, dono de um talento notável, impagável no improviso, nas caricaturas e na irreverência inocente, foi um dos principais responsáveis em aproximar o público do cinema nacional.

Arrancava aplausos da plateia durante as projeções de seus filmes.

Oscarito fez mais de 40 filmes, entre eles “Este Mundo é um Pandeiro” (1947), há 70 anos, em que Watson Macedo definiu os parâmetros que serviram para criar a estética cinematográfica nacional, conhecida como "chanchada": música, alguma crítica social e paródia do cinema americano.

Formou a famosa parceria com Grande Otelo, que  consolidou-se em 1945, a partir de Não Adianta Chorar, sob a direção de Watson Macedo. A “dupla do barulho” -  como ficaram conhecidos Oscarito e Grande Otelo -  fez 17 filmes e nos apresentou  momentos marcantes na história do cinema nacional, como a paródia de uma cena da tragédia da peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, em Carnaval no Fogo, dirigido por Watson Macedo, em 1949. Impagável.

Oscarito ainda protagonizou muitas outras cenas antológicas como por exemplo a do espelho com Eva Todor em Os Dois Ladrões ( 1960) - surrupiada descaradamente no filme americano Cuidado com as Gêmeas de 1988;  a  imitando Rita Hayworth como Gilda em Esse Mundo é Um Pandeiro ( 1947); a cantando e dançando rock'n roll em De Vento em Popa ( 1957) quando já tinha 51 anos; ou a paródia do duelo em Matar ou Correr( 1954).






Casado com Margot Louro, atriz, que foi sua partner em muitos filmes da Atlântida, teve dois filhos - José Carlos e Miriam Teresa -  e foi nosso vizinho ilustre em Copacabana

Primeiro, numa residência de peculiar localização, escondida por prédios construídos à sua frente: Rua Toneleros, 180, casa 1, que hoje ainda existe e é moradia de outra famosa, a carnavalesca Rosa Magalhães, 




Oscarito, Margot e os filhos na casa da Toneleros


e depois, em um prédio dos mais antigos e tradicionais da orla, Avenida Atlântica, 2710 - 4º andar

prédio branco da Atlântica, onde morou,  com a fachada ondulada


A última participação de Oscarito na Atlântida foi Entre Mulheres e Espiões, realizado em 1962, sob a direção de Carlos Manga. Em 1966, ao lado de Dercy Gonçalves, fez sua última atuação em teatro na peça Cocó, my Darling…

Encerrou, definitivamente, sua carreira no cinema, em 1968, com Jovens pra Frente, produção da Ultra-Urânio, direção, argumento e roteiro de Alcino Diniz. Coube ao ator o papel de um padre moderno e simpático.

Faleceu em 4 de agosto de 1970, aos 64 anos de idade.

Curiosidade

Oscarito também cantou algumas músicas de carnaval, sendo a mais famosa a “Marcha do Gago”,  de Klecius Caldas e Armando Cavalcanti para o Carnaval de 1950.




2 comentários:

Salles disse...

Na verdade o endereço da casa em Copacabana que foi do Oscarito e hoje é da carnavalesca Rosa Magalhães é outro... É uma bela casa com muitas plantas

Nossos Vizinhos ILustres disse...

Prezado Salles,

O endereço cuja casa atualmente mora a Rosa Magalhães consta do post e foi , como está no texto, o primeiro endereço de Oscarito em Copacabana.Inclusive no post tem uma foto por lá com a família. Releia e repere melhor.

O prédio da Atlântica foi onde Oscarito morou por mais tempo,e onde estava quando faleceu. Conheci a família nesse período.

Att
Elizabeth Dias